sábado, 17 de setembro de 2011

sexta-feira, 16 de setembro de 2011

Steven Johnson faz um tour pelo Mapa Fantasma

O autor Steven Johnson nos leva por um tour de 10 minutos ao Mapa Fantasma, seu livro sobre a epidemia da cólera em 1854 em Londres e seu impacto sobre a ciência, as cidades e a sociedade moderna.







CTNBio aprova feijão transgênico da Embrapa

Por Tarso Veloso | De Brasília

Em clima de embate, o feijão geneticamente modificado desenvolvido pela Embrapa foi aprovado ontem em reunião plenária da Comissão Técnica Nacional de Biossegurança (CTNBio). É o primeiro produto agrícola transgênico aprovado comercialmente totalmente produzido por instituições públicas brasileiras de pesquisa. Foram 15 votos favoráveis, duas abstenções, nenhum voto contra e cinco pedidos de diligências para mais testes antes da aprovação final.

O feijão, resistente ao vírus do mosaico dourado, só deve estar disponível aos produtores daqui a três anos, de acordo com o pesquisador da Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia, Francisco Aragão, integrante da equipe de desenvolvimentos do novo transgênico. O próximo passo, segundo ele, será realizar ensaios no campo em diferentes locais.



Na reunião, alguns membros da comissão se posicionaram contra a tecnologia e tentaram protelar a reunião sob argumentos de que ir em frente seria um "desrespeito" às normas de biossegurança. "Não entendo a pressa dessa comissão em aprovar a todo custo a tecnologia. Quais prejuízo teremos em perder uma colheita e fazer mais testes nos próximos meses? Assim, teremos certeza da segurança", disse o engenheiro Leonardo Melgarejo, representante do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) no colegiado. A votação havia sido suspensa na reunião do mês passado por pedido de vistas.

Após a confirmação do resultado, ONGs prometeram pedir na Justiça a proibição da comercialização do feijão. "O produto só foi estudado no Centro-Sul. A regra é que seja testado em todas as regiões em que será cultivado. Se ele for comercializado para ser plantado em outros biomas, vamos tentar impedir, assim como fizemos com o milho", disse o assessor técnico da ONG Agricultura Familiar e Agroecologia (ASPTA), Gabriel Fernandes.

O presidente da comissão, o geneticista Edilson Paiva, chegou a perder a paciência durante a exposição dos grupos contrários à liberação durante a reunião ao afirmar que os argumentos usados eram redundantes, antigos e ficavam "andando em círculos".

Os relatores do processo avaliaram, na terça, véspera da plenária, documentos enviados por ONGs que contestavam os testes. Eles foram unânimes em afirmar que as informações recebidas não apresentavam novidades que poderiam mudar o desfecho do caso. Segundo eles, o documento tentaria dar "tom científico" às suas alegações, mas "possui erros graves na área científica". O presidente da CTNBio criticou a entrega "de última hora" do documento. "Por qual motivo ninguém entregou essa papelada nas audiências públicas?".

O feijão estava em testes havia mais de 10 anos. As pesquisas foram feitas em parceria por duas unidades da Embrapa, a Recursos Genéticos e Biotecnologia e a Embrapa Arroz e Feijão.

fonte:http://www.advivo.com.br/blog/luisnassif/ctnbio-aprova-feijao-transgenico-da-embrapa#more

Fiocruz organiza o TEDxFiocruz

O TedxFiocruz tem como objetivo experimentar, compartilhando ideias criativas na saúde com você e com o mundo. A Fiocruz organiza este evento de maneira independente, reproduzindo o modelo, as normas, as características e as orientações do TED, maior evento de inovação do mundo. E com você, pretende construir um espaço que estimule a cultura das novas ideias em saúde, do seu compartilhamento e do seu registro. Se você é apaixonado por isso, acesse os nossos canais e nos ajude a semear ideias para inovarmos na Saúde.

O TED é um modelo de conferência criado na década de 1980 na Califórnia, Estados Unidos, cujo objetivo é divulgar ideias inovadoras nos mais diversos segmentos, entre eles Tecnologia, Entretenimento e Design. Já compartilharam um palco do TED em diferentes países nomes como os de Bill Clinton, Paul Simon, Bill Gates, Bono Vox e Al Gore. No Brasil, Regina Casé, Marcelo Yuka e Ronaldo Lemos, entre outros, já participaram dos eventos da marca TED. Em todas as edições, as inscrições para as palestras, com duração máxima de 18 minutos cada, esgotam-se rapidamente.

Na Fiocruz, a primeira edição do evento, a ser realizado no dia 19/9, das 13h às 17h na Tenda da Ciência, na Ficoruz, e terá como tema “Semear Ideias para Inovar em Saúde”. A proposta é divulgar ideias criativas, a fim de estimular um ambiente de inovação e de criatividade e trazer a público iniciativas de pessoas que participaram e vivenciaram experiências criativas na Fundação e em outras instituições de pesquisa e ensino em saúde. Será também o embrião de um projeto para o registro da história destas ideias e de estímulo para outras que, no futuro, trabalhem a geração e a concretização de propostas inovadoras. Este evento será fechado para o público da Fiocruz, e terá transmissão ao vivo pelo Livestream, no site do TEDxFiocruz.

O TEDxFiocruz contará com a presença da plateia, de um mestre de cerimônia e de seis palestrantes, que exibirão suas ideias em apresentação de até 18 minutos, com transmissão ao vivo pela Rede Fiocruz. Em um coffee break, palestrantes e convidados conversarão sobre as palestras apresentadas.

Sobre o TED
Imagine poder viajar, por alguns minutos, pelo cérebro dos maiores pensadores do mundo.Essa é a proposta do TED, que surgiu em 1984 como uma conferência anual na Califórnia sobre tecnologia, entretenimento e design. Daí o nome.Já compartilharam suas idéias, no palco do evento, ícones de diferentes áreas como Bill Clinton, Paul Simon, Bill Gates, Bono Vox, Al Gore, Michelle Obama e Philippe Starck.Apesar dos mil lugares disponíveis na plateia, as inscrições para as palestras, com duração máxima de 18 minutos cada, esgotam-se um ano antes. Aqueles que não conseguem um ingresso assistem no site, que já conta com mais de 50 milhões de acessos, em 150 países.A cada ano a organização elege um pensador de destaque e repassa 100 mil dólares para que ele possa realizar “Um Desejo que Vai Mudar o Mundo”. E, com as 4 ações, TED Conference, TED Talks, TED Prize e TEDx, o monte “ideias que merecem ser espalhadas” vai ganhando vida.

Sobre o TEDx
Dar asas às grandes idéias para levá-las aos quatro cantos do mundo. Com esse objetivo, foi criado o TEDx. Um programa de eventos locais, organizado de forma independente, que reúne pessoas para compartilhar uma experiência no estilo TED.O TED Conference fornece guias gerais para o programa TEDx, mas estes eventos são organizados por um time de profissionais dedicados, não envolvendo o TED.

Serviço:
• Tema: “Semear Ideias para Inovar em Saúde”
• Data do Evento: 19 de setembro de 2011
• Horário: 13h às 17h
• Local: Tenda da Ciência (Museu da Vida), campus da Fiocruz em Manguinhos, Rio de Janeiro
• Duração: 18 minutos por palestra

Para mais informações sobre o TEDxFiocruz
www.next.icict.fiocruz.br/tedxfiocruz

Para acompanhar a construção do evento
http://www.next.icict.fiocruz.br/wiki/index.php/TEDxFiocruz

TEDxFiocruz no Facebook
www.facebook.com/groups/tedxfiocruz

Concorra a ingressos para assistir o evento na Tenda da Ciência
http://www.next.icict.fiocruz.br/tedxfiocruz/inscricao/

Promoção:
Presidência da Fiocruz, Instituto de Comunicação e Informação Científica e Tecnológica em Saúde (Icict), Núcleo de Inovação Tecnológica (Nit/Icict), Coordenação de Gestão Tecnológica da Fiocruz (Gestec).

Curadoria:
Núcleo de Experimentação de Tecnologias Interativas – Next/Icict.

Produção:
Icict, presidências e vice-presidências da Fiocruz, Next, Nit/Icict, Ascom/Icict, Video Saúde Distribuidora da Fiocruz, Multimeios, Centro de Tecnologia de Informação e Comunicação (CTIC/Icict), Serviço de Comunicação Visual do Icict, Serviços de Planejamento e Administração do Icict.

Apoio:
Fiocruz: Diretoria de Planejamento (Diplan), Coordenadoria de Comunicação Social (CCS), Coordenação de Eventos da Presidência, Canal Saúde, Museu da Vida, Ciência em Cena, Pesquisa ‘Ciência, Arte e Cultura’ do Instituto Oswaldo Cruz (IOC), Diretoria de Administração do Campus (Dirad), Banco de Leite Humano (BLH), Fiocruz-Bahia, Fiocruz-Mata Atlântica, Programa de Vocação Científica da Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio (Provoc/EPSJV), Rede Fiocruz.

Anfitrião:
Responsável da Fiocruz junto ao TED: Nilton Bahlis dos Santos, coordenador do NIT/Icict e do Next.

quarta-feira, 14 de setembro de 2011

Burocracia emperra bioprospecção no Brasil

Legislação dificulta criação de fármacos

Por Lilian Milena, no Brasilianas.org
Da Agência Dinheiro Vivo

Suponhamos que você seja um cientista e quer estudar as propriedades químicas de plantas para descobrir princípios ativos que possam servir para produzir novos medicamentos ou, até mesmo, cosméticos. No Brasil, se essa planta for a Casca de Assacu, por exemplo, utilizada por tribos indígenas da Amazônia no combate a inflamações em geral, úlceras e até tumores, você necessitará de autorização do CGEN (Conselho de Gestão do Patrimônio Genético). Agora, se for uma planta desconhecida popularmente, nomeada apenas no meio científico, poderá recorrer a autorização do Ibama.

Ocorre que as permissões do Ibama são praticamente automáticas, enquanto que as do CGEN demoram, em média, 11 meses. Além disso, o órgão aprovou apenas 25 pedidos de pesquisa desde 2002, quando foi criado. As dificuldades da bioprospecção no Brasil foram abordadas pela pesquisadora do Inpa (Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia), Cecília Nunez, durante o 13º Fórum de Debates Brasilianas.org, realizado no dia 12 de setembro, em São Paulo.

A aprovação de pesquisas pelo CGEN se torna burocrática porque a Medida Provisória (MP) nº 2.186-16/2001, que deu base a sua criação, exige a informação da origem do material genético e, quando for o caso, do conhecimento tradicional guardado por comunidades locais, associado à pesquisa, bem como um contrato de repartição de benefícios com as comunidades que utilizam a planta ou espécie de interesse de estudo.

“A legislação é muito pesada e, em vez de incentivar a pesquisa, só impede que o cientista brasileiro estude as plantas nacionais”, reclama Cecília, ao lembrar que o bioma amazônico é compartilhado por oito países além do Brasil, com a maior parte da floresta (60%). “Assim, você tem vários países que possuem a floresta e permitem a bioprospeção”, completou.

Bioprospecção significa extrair o valor econômico das diferentes espécies de animais e plantas que existem, ou seja, da biodiversidade. Cecília contou que já foi procurada por grupos de pesquisa estrangeiros que lhe pediram apenas informações de quais espécies de plantas tinham os princípios ativos que lhes interessavam para poderem prospectar na Guiana Francesa, território com bioma Amazônico, pertencente à França, mas sem as mesmas burocracias do Brasil.

A pesquisadora foi procurada por duas tribos indígenas, Arara e Xipaia, da região da Volta Grande do Xingu, para que catalogasse e estudasse os princípios ativos das plantas que essas comunidades utilizavam no seu dia a dia. Durante três anos Cecília esperou pela permissão do CGEN. Mas, mesmo com a autorização dos indígenas, o órgão não lhe concedeu o direito de pesquisar, porque as tribos não tinham o registro de suas terras.

“Até um dos líderes de lá, que era analfabeto, aprendeu a escrever o próprio nome para assinar os termos do CGEN. Para ter ideia, entre milhões de documentos, o CGEN me pediu a ata de nomeação do líder da tribo, sabendo que se trata de uma cultura de tradição oral. E ata de nomeação é coisa da cultura ocidental!”.

A pesquisadora disse que as duas comunidades a procuraram porque haviam assistido num programa de televisão que se tivessem o registro das plantas locais conseguiriam, talvez, obter o registro das terras e a homologação do território como Terra Indígena. Ocorre que as tribos estão num espaço que será alagado após a construção da usina de Belo Monte. No final das contas, Cecília conseguiu autorização para fazer apenas uma cartilha explicativa das espécies vegetais, mas impedida de fazer um estudo mais aprofundado para saber a constituição química delas.

Segundo a Cecília, 99% dos trabalhos de bioprospecção com plantas não chegam à substância ativa, “isso porque durante o fracionamento das substâncias químicas do vegetal, você acaba perdendo a atividade desejada”, explicou. Por essa razão, os vegetais utilizados pelas comunidades são mais interessantes porque a probabilidade de se encontrar princípios ativos de interesse comercial é maior, já que muitas dessas populações utilizam há séculos certos tipos de plantas.

Ainda assim, a legislação brasileira não prejudica tanto as grandes indústrias farmacêuticas, mas sim o pesquisador e os pequenos laboratórios. Voltando ao exemplo da Casca de Assacu, utilizada por tribos indígenas para o combate de inflamações e até mesmo tumores, se uma empresa fizer estudos para descobrir o princípio ativo que possa servir para a cura de cânceres, sem a autorização dos todas as tribos indígenas que a utilizam e do CGEN, será criminalmente responsabilizada. Mas, se pesquisar a planta e patentear um princípio ativo para a diabetes estará amparada pela lei, pois as comunidades não tinham conhecimento de que a mesma planta poderia ser usada para tratar a diabetes.

“Assim, muitas das doenças que mais afligem as populações pobres, como malária, leishmaniose, as chamadas negligenciadas, acabam não sendo estudadas pelas grandes empresas, porque essas querem descobrir medicamentos para doenças que dão retorno nas localidades mais desenvolvidas, como diabetes, mal de Parkinson ou mal de Alzheimer. Por outro lado, pesquisadores interessados em descobrir o princípio ativo das doenças negligenciadas teriam que se submeter às exigências do CGEN”, avaliou Cecília.

A pesquisadora destacou que as substâncias naturais descobertas não são utilizadas, mas servem como modelo para a “semi-sintese” de substâncias para se conseguir aumentar a atividade desejada ou diminuir um possível efeito tóxico, em laboratório. “Então, necessariamente, a empresa quer patentear a substância isolada e não a planta”.

Cecília inscreveu uma patente de um princípio para tratar a leucemia, obviamente ela não nos contou o nome da planta que originou a descoberta, mas garante que o vegetal não é popular. “Alguns alunos meus também trabalham com tetrapenos, substância com características antibacterianas, de plantas que não são populares”, completa.

Segundo o pesquisador do IPEA (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada), Nilo Luiz Saccaro Junior, autor do trabalho “Os Desafios da bioprospecção no Brasil”, os ministérios do Meio Ambiente e da Ciência e Tecnologia, vinculados ao tema, elaboram um Projeto de Lei para substituir a MP nº 2.186-16/2001. Ainda não há previsão para que ela seja submetida à aprovação do Senado e da Câmara dos Deputados, mas as principais mudanças do PL, submetido por seis meses à consulta pública, são:

- Redução da burocracia para o acesso a biodiversidade quando para fins de pesquisa científica. Nesse caso as licenças passariam a ser praticamente automáticas para empresas ou instituições nacionais e junto a qualquer autoridade competente, não necessariamente no CGEN;
- A instituição do Fundo para Repartição de Benefícios de Recursos Genéticos e dos Conhecimentos Tradicionais Associados (FURB), para garantir a divisão coletiva dos benefícios;
- Também estabelece uma contribuição sobre a exploração de direitos intelectuais ou comercialização de produtos com recursos genéticos nacionais, que será direcionada ao FURB e ao Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT).
fonte:http://www.advivo.com.br/blog/luisnassif/burocracia-emperra-bioprospeccao-no-brasil

quinta-feira, 8 de setembro de 2011

Mais R$ 1,5 bi para pesquisar remédios, vacinas e avaliar o SUS

RASÍLIA - Muito atrás dos países ricos e de outras nações em desenvolvimento, como Índia e Coreia do Sul, o Ministério da Saúde decidiu multiplicar em 3,8 vezes o investimento público voltado à pesquisa de novos medicamentos, vacinas e de avaliação do Sistema Único de Saúde (SUS). O anúncio, marcado para esta quinta-feira, prevê que, em quatro anos, a União use R$ 1,5 bilhão para financiar o setor, contra R$ 492,5 milhões gastos nos últimos oito anos. Segundo o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, o governo quer que indústria farmacêutica pelo menos quadruplique seus investimentos até 2014. O reforço de caixa focaliza as chamadas doenças negligenciadas, como dengue, malária e tuberculose, que não despertam o interesse do mercado mundial de medicamentos. O plano de ação, entretanto, não reduz o prazo de cinco ou seis anos para que o Brasil faça os primeiros testes em humanos da vacina contra a dengue. A meta é reduzir custos e impedir que falte produto no Brasil em razão de variações do mercado internacional. Só no primeiro semestre, de acordo com o Ministério da Saúde, houve economia de R$ 600 milhões com a compra de medicamentos por causa da evolução do desenvolvimento de drogas no Brasil, que reforçou a distribuição de remédios para câncer e hepatite C. Em outra frente, o governo vai anunciar uma rede de pesquisa para avaliar as ações de governo na área da saúde, com enfoque nos programas de distribuição de medicamentos para diabetes, hipertensão e hepatite C. Também serão contempladas pesquisas para medir a eficácia dos programas de dengue, malária, câncer, pesquisa clínica, tecnologia em saúde e terapia celular, como de células-tronco. Ao todo, foram definidas 16 prioridades e 151 pesquisas receberão apoio, das quais 40 já estão em curso. - Queremos, por exemplo, ter uma pesquisa nacional de avaliação do impacto dos programas da atenção básica (prevenção) e uma pesquisa nacional de avaliação das ações de enfrentamento de álcool e drogas, tema grave que precisa de análise sobre a eficácia de alguns tipos de tratamento - explica o ministro Alexandre Padilha. O ministro afirma que o governo tem ainda poder de compra de R$ 10 bilhões anuais em medicamentos, dos quais cinco bilhões podem ser utilizados para induzir o desenvolvimento tecnológico da iniciativa privada. Para tanto, porém, espera a contrapartida da indústria. Apenas dois entre os maiores laboratórios farmacêuticos do mundo, Pfizer e Novartis, investiram US$ 18 bilhões em pesquisa e desenvolvimento, só em 2010. - A grande diferença que existe entre Brasil e outros países não é tanto o investimento público. Nós precisamos ampliar muito o investimento privado. Sobretudo, é o que faz a diferença entre o Brasil e outros países do mundo. Nós esperamos que o setor privado, pelo menos, faça o mesmo aumento de investimento que nós vamos fazer - provocou Padilha. A indústria nacional concorda que precisa investir mais. Para tanto, quer que o reforço se traduza em mais dinheiro para o financiamento de longo prazo. - Saudamos como positivo o interesse do Brasil em investir mais nesse setor. Mas precisamos ter claro que o desenvolvimento de um novo produto leva, em média, 10 anos. Precisamos de financiamento consistente e de longo prazo. Em muitos países, como Singapura, o governo optou por induzir com recursos públicos o desenvolvimento da indústria - afirma Nelson Mussolini, vice-presidente executivo do Sindicato da Indústria de Produtos Farmacêuticos no Estado de São Paulo (Sindusfarma). Também serão anunciadas nesta quinta-feira duas novidades para acelerar a autorização de novos produtos na área da saúde: o Registro Brasileiro de Ensaios Clínicos (Rebec), primeiro sistema de análise de ensaios clínicos em língua portuguesa certificado pela Organização Mundial de Saúde (OMS); e a Plataforma Brasil, sistema de acesso a informações sobre as etapas do registro e que deverá, segundo o ministro, reduzir o tempo de conclusão e aprovação dos ensaios clínicos. Alexandre Padilha, no entanto, disse que não há como dimensionar qual será o ritmo da aprovação de novos registros. Leia mais sobre esse assunto em http://oglobo.globo.com/pais/mat/2011/09/08/mais-1-5-bi-para-pesquisar-remedios-vacinas-avaliar-sus-925309122.asp#ixzz1XNJkJJ30 © 1996 - 2011. Todos os direitos reservados a Infoglobo Comunicação e Participações S.A. fonte:http://oglobo.globo.com/pais/mat/2011/09/08/mais-1-5-bi-para-pesquisar-remedios-vacinas-avaliar-sus-925309122.asp

Transformar gordura ruim em boa

Agência FAPESP – Um grupo de cientistas identificou um mecanismo biológico que transforma gordura branca em marrom. A novidade publicada na edição de setembro da revista Cell Metabolism poderá auxiliar no desenvolvimento de novas estratégias para tratar a obesidade. O homem tem dois tipos de tecido adiposo: o marrom, ligado à regulação da temperatura e abundante em recém-nascidos; e o branco, cuja função é acumular energia no corpo e está mais presente em adultos. A gordura branca está associada à obesidade e falta de exercícios. É a gordura indesejada e que muitos querem se livrar do excesso. O novo estudo, feito em modelo animal por cientistas do Centro Médico da Universidade do Estado de Ohio, nos Estados Unidos, demonstrou que a transformação da gordura ruim em boa é possível devido à ativação de uma enervação e de um caminho bioquímico que começa no hipotálamo (área cerebral envolvida no balanço energético) e que termina nas células adiposas brancas. A transformação das gorduras foi observada quando os animais foram colocados em um ambiente mais rico, com maior variedade de características e desafios físicos e sociais. Camundongos foram colocados em recipientes contendo rodas de girar, túneis, cabanas, brinquedos e diversos outros elementos, somados a alimento e água em quantidades abundantes. Um grupo controle também foi exposto a água e alimento sem limites, mas em ambiente sem dispositivos para que pudessem se exercitar. Segundo os cientistas, a maior transformação de gordura branca e marrom foi associada a um ambiente fisicamente estimulante, mais do que à quantidade de alimentos ingerida. “Os resultados do estudo sugerem o potencial de induzir a transformação de gordura branca em gordura marrom por meio da modificação do nosso estilo de vida ou pela ativação farmacológica desse caminho bioquímico”, disse Matthew During, professor de neurociência e um dos autores do estudo. O artigo White to Brown Fat Phenotypic Switch Induced by Genetic and Environmental Activation of a Hypothalamic-Adipocyte Axis (doi:10.1016/j.cmet.2011.06.02), de Matthew J. During e outros, pode ser lido por assinantes da Cell Metabolism em www.cell.com/cell-metabolism. fonte:http://agencia.fapesp.br/14453

segunda-feira, 5 de setembro de 2011

domingo, 4 de setembro de 2011

JoVE - Revista Científica em vídeo

JoVE: Rapid Knowledge Transfer The Journal of Visualized Experiments (JoVE) was established as a new tool in life science publication and communication, with participation of scientists from leading research institutions. JoVE takes advantage of video technology to capture and transmit the multiple facets and intricacies of life science research. Visualization greatly facilitates the understanding and efficient reproduction of both basic and complex experimental techniques, thereby addressing two of the biggest challenges faced by today's life science research community: i) low transparency and poor reproducibility of biological experiments and ii) time and labor-intensive nature of learning new experimental techniques. Assista JoVE
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