sábado, 8 de outubro de 2011
Terceirizando cobaias
EUA pedem desculpas por espalhar gonorreia e sífilis na Guatemala
BBC Brasil | 01/10/2010 18:18Mudar o tamanho da letra:A+A-
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O governo dos Estados Unidos pediu oficialmente desculpas nesta sexta-feira por infectar quase 700 pessoas com gonorreia e sífilis na Guatemala durante experimentos médicos há cerca de 60 anos.
Em comunicado oficial, a secretária de Estado americana, Hillary Clinton, e a secretária da Saúde, Kathleen Sebelius, classificaram de "antiética" e “inaceitável” a pesquisa conduzida entre 1946 e 1948, durante os governos do presidente guatemalteco Juan Bermejo e do americano Harry Truman.
Um programa americano infectou doentes mentais e prisioneiros do país, sem que eles dessem permissão, com os micróbios causadores das duas doenças sexualmente transmissíveis em estudos que os cientistas na época acreditavam que poderiam levar a uma vacina contra os males.
Clinton e Sebelius afirmam estar "indignadas de que tal investigação inaceitável tenha ocorrido sob o disfarce de (um serviço de) saúde pública". O comunicado também diz que o experimento "não representa os valores dos Estados Unidos" e anuncia uma investigação sobre o caso.
"No espírito do compromisso com a ética investigativa, estamos começando uma investigação minuciosa dos detalhes deste caso", diz o documento.
Diante das revelações, o presidente da Guatemala, Álvaro Colom, acusou os Estados Unidos de crimes contra a humanidade.
Experimento
Provas da existência do programa foi revelada pela professora Susan Reverby, da Universidade de Wellesley, nos Estados Unidos. Segundo Susan, o estudo na Guatemala foi organizado pelo Serviço de Saúde Pública dos Estados Unidos. Ela afirma que o governo guatemalteco deu permissão para as pesquisas e que muitos dos pacientes estavam internados em instituições psiquiátricas.
Os médicos usaram inoculação direta ou prostitutas com sífilis e gonorreia para infectar os pacientes previamente tratados com penicilina, para tentar determinar se substância poderia prevenir a doença. Os pacientes recebiam depois tratamento, mas não está claro se todos eles foram curados ou não.
Durante o governo de Bill Clinton, a professora divulgou o resultado de uma pesquisa que fez sobre o experimento Tuskegee, no qual cientistas dos Estados Unidos observavam o progresso da sífilis em negros americanos sem tratar os pacientes, que não sabiam ter contraído a doença.
Clinton depois pediria desculpas pelo experimento.
fonte:http://ultimosegundo.ig.com.br/mundo/bbc/eua+pedem+desculpas+por+espalhar+gonorreia+e+sifilis+na+guatemala/n1237789234794.html
segunda-feira, 3 de outubro de 2011
Periódicos - Outubro
Food additives andcontaminants, v.28, n.1, jan. 2011.
Food additives andcontaminants, v.28, n.2, feb. 2011.
Food additives andcontaminants, v.28, n.3, mar. 2011.
Food additives andcontaminants, v.28, n.4, apr. 2011.
Food additives andcontaminants, v.28, n.5, may. 2011.
Food additives andcontaminants, v.28, n.8, aug. 2011.
Livros - Outubro
Rabies. Editores: Alan C. Jackson e William H. Wunner. 2. ed. Amsterdam: Academic Press, 2007. 660 p. ISBN 9780123693662. Inclui bibliografia e índice.
FLANAGAN, Robert J.; PERRET, David; WHELPTON, Robin. Electrochemical detection in HPLC: analysis of drugs and poisons. Cambridge: RSC Publishing, 2005. 230 p. il. (RSC Chromatography Monographs). ISBN 0854045325. Inclui bibliografia e índice.
LOPRIENO, Nicola. Alternative methodologies for the safety evaluation of chemical in the cosmetic industry. Boca Raton: CRC Pres, 1995. 261 p. tab. ISBN 0849385466.
Manual of clinical microbiology. Editor: James Versalovic ... [et al.]. 10. ed. Washington, DC: ASM Press, 2011. v. 1. il. ISBN 978555814632. Inclui bibliografia e índice
Manual of clinical microbiology. Editor: James Versalovic ... [et al.]. 10. ed. Washington, DC: ASM Press, 2011. v. 2. il. ISBN 9781555814632. Inclui bibliografia e índice.
sábado, 17 de setembro de 2011
sexta-feira, 16 de setembro de 2011
Steven Johnson faz um tour pelo Mapa Fantasma
CTNBio aprova feijão transgênico da Embrapa
Em clima de embate, o feijão geneticamente modificado desenvolvido pela Embrapa foi aprovado ontem em reunião plenária da Comissão Técnica Nacional de Biossegurança (CTNBio). É o primeiro produto agrícola transgênico aprovado comercialmente totalmente produzido por instituições públicas brasileiras de pesquisa. Foram 15 votos favoráveis, duas abstenções, nenhum voto contra e cinco pedidos de diligências para mais testes antes da aprovação final.
O feijão, resistente ao vírus do mosaico dourado, só deve estar disponível aos produtores daqui a três anos, de acordo com o pesquisador da Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia, Francisco Aragão, integrante da equipe de desenvolvimentos do novo transgênico. O próximo passo, segundo ele, será realizar ensaios no campo em diferentes locais.
Na reunião, alguns membros da comissão se posicionaram contra a tecnologia e tentaram protelar a reunião sob argumentos de que ir em frente seria um "desrespeito" às normas de biossegurança. "Não entendo a pressa dessa comissão em aprovar a todo custo a tecnologia. Quais prejuízo teremos em perder uma colheita e fazer mais testes nos próximos meses? Assim, teremos certeza da segurança", disse o engenheiro Leonardo Melgarejo, representante do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) no colegiado. A votação havia sido suspensa na reunião do mês passado por pedido de vistas.
Após a confirmação do resultado, ONGs prometeram pedir na Justiça a proibição da comercialização do feijão. "O produto só foi estudado no Centro-Sul. A regra é que seja testado em todas as regiões em que será cultivado. Se ele for comercializado para ser plantado em outros biomas, vamos tentar impedir, assim como fizemos com o milho", disse o assessor técnico da ONG Agricultura Familiar e Agroecologia (ASPTA), Gabriel Fernandes.
O presidente da comissão, o geneticista Edilson Paiva, chegou a perder a paciência durante a exposição dos grupos contrários à liberação durante a reunião ao afirmar que os argumentos usados eram redundantes, antigos e ficavam "andando em círculos".
Os relatores do processo avaliaram, na terça, véspera da plenária, documentos enviados por ONGs que contestavam os testes. Eles foram unânimes em afirmar que as informações recebidas não apresentavam novidades que poderiam mudar o desfecho do caso. Segundo eles, o documento tentaria dar "tom científico" às suas alegações, mas "possui erros graves na área científica". O presidente da CTNBio criticou a entrega "de última hora" do documento. "Por qual motivo ninguém entregou essa papelada nas audiências públicas?".
O feijão estava em testes havia mais de 10 anos. As pesquisas foram feitas em parceria por duas unidades da Embrapa, a Recursos Genéticos e Biotecnologia e a Embrapa Arroz e Feijão.
fonte:http://www.advivo.com.br/blog/luisnassif/ctnbio-aprova-feijao-transgenico-da-embrapa#more
Fiocruz organiza o TEDxFiocruz
O TED é um modelo de conferência criado na década de 1980 na Califórnia, Estados Unidos, cujo objetivo é divulgar ideias inovadoras nos mais diversos segmentos, entre eles Tecnologia, Entretenimento e Design. Já compartilharam um palco do TED em diferentes países nomes como os de Bill Clinton, Paul Simon, Bill Gates, Bono Vox e Al Gore. No Brasil, Regina Casé, Marcelo Yuka e Ronaldo Lemos, entre outros, já participaram dos eventos da marca TED. Em todas as edições, as inscrições para as palestras, com duração máxima de 18 minutos cada, esgotam-se rapidamente.
Na Fiocruz, a primeira edição do evento, a ser realizado no dia 19/9, das 13h às 17h na Tenda da Ciência, na Ficoruz, e terá como tema “Semear Ideias para Inovar em Saúde”. A proposta é divulgar ideias criativas, a fim de estimular um ambiente de inovação e de criatividade e trazer a público iniciativas de pessoas que participaram e vivenciaram experiências criativas na Fundação e em outras instituições de pesquisa e ensino em saúde. Será também o embrião de um projeto para o registro da história destas ideias e de estímulo para outras que, no futuro, trabalhem a geração e a concretização de propostas inovadoras. Este evento será fechado para o público da Fiocruz, e terá transmissão ao vivo pelo Livestream, no site do TEDxFiocruz.
O TEDxFiocruz contará com a presença da plateia, de um mestre de cerimônia e de seis palestrantes, que exibirão suas ideias em apresentação de até 18 minutos, com transmissão ao vivo pela Rede Fiocruz. Em um coffee break, palestrantes e convidados conversarão sobre as palestras apresentadas.
Sobre o TED
Imagine poder viajar, por alguns minutos, pelo cérebro dos maiores pensadores do mundo.Essa é a proposta do TED, que surgiu em 1984 como uma conferência anual na Califórnia sobre tecnologia, entretenimento e design. Daí o nome.Já compartilharam suas idéias, no palco do evento, ícones de diferentes áreas como Bill Clinton, Paul Simon, Bill Gates, Bono Vox, Al Gore, Michelle Obama e Philippe Starck.Apesar dos mil lugares disponíveis na plateia, as inscrições para as palestras, com duração máxima de 18 minutos cada, esgotam-se um ano antes. Aqueles que não conseguem um ingresso assistem no site, que já conta com mais de 50 milhões de acessos, em 150 países.A cada ano a organização elege um pensador de destaque e repassa 100 mil dólares para que ele possa realizar “Um Desejo que Vai Mudar o Mundo”. E, com as 4 ações, TED Conference, TED Talks, TED Prize e TEDx, o monte “ideias que merecem ser espalhadas” vai ganhando vida.
Sobre o TEDx
Dar asas às grandes idéias para levá-las aos quatro cantos do mundo. Com esse objetivo, foi criado o TEDx. Um programa de eventos locais, organizado de forma independente, que reúne pessoas para compartilhar uma experiência no estilo TED.O TED Conference fornece guias gerais para o programa TEDx, mas estes eventos são organizados por um time de profissionais dedicados, não envolvendo o TED.
Serviço:
• Tema: “Semear Ideias para Inovar em Saúde”
• Data do Evento: 19 de setembro de 2011
• Horário: 13h às 17h
• Local: Tenda da Ciência (Museu da Vida), campus da Fiocruz em Manguinhos, Rio de Janeiro
• Duração: 18 minutos por palestra
Para mais informações sobre o TEDxFiocruz
www.next.icict.fiocruz.br/tedxfiocruz
Para acompanhar a construção do evento
http://www.next.icict.fiocruz.br/wiki/index.php/TEDxFiocruz
TEDxFiocruz no Facebook
www.facebook.com/groups/tedxfiocruz
Concorra a ingressos para assistir o evento na Tenda da Ciência
http://www.next.icict.fiocruz.br/tedxfiocruz/inscricao/
Promoção:
Presidência da Fiocruz, Instituto de Comunicação e Informação Científica e Tecnológica em Saúde (Icict), Núcleo de Inovação Tecnológica (Nit/Icict), Coordenação de Gestão Tecnológica da Fiocruz (Gestec).
Curadoria:
Núcleo de Experimentação de Tecnologias Interativas – Next/Icict.
Produção:
Icict, presidências e vice-presidências da Fiocruz, Next, Nit/Icict, Ascom/Icict, Video Saúde Distribuidora da Fiocruz, Multimeios, Centro de Tecnologia de Informação e Comunicação (CTIC/Icict), Serviço de Comunicação Visual do Icict, Serviços de Planejamento e Administração do Icict.
Apoio:
Fiocruz: Diretoria de Planejamento (Diplan), Coordenadoria de Comunicação Social (CCS), Coordenação de Eventos da Presidência, Canal Saúde, Museu da Vida, Ciência em Cena, Pesquisa ‘Ciência, Arte e Cultura’ do Instituto Oswaldo Cruz (IOC), Diretoria de Administração do Campus (Dirad), Banco de Leite Humano (BLH), Fiocruz-Bahia, Fiocruz-Mata Atlântica, Programa de Vocação Científica da Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio (Provoc/EPSJV), Rede Fiocruz.
Anfitrião:
Responsável da Fiocruz junto ao TED: Nilton Bahlis dos Santos, coordenador do NIT/Icict e do Next.
quarta-feira, 14 de setembro de 2011
Burocracia emperra bioprospecção no Brasil
Por Lilian Milena, no Brasilianas.org
Da Agência Dinheiro Vivo
Suponhamos que você seja um cientista e quer estudar as propriedades químicas de plantas para descobrir princípios ativos que possam servir para produzir novos medicamentos ou, até mesmo, cosméticos. No Brasil, se essa planta for a Casca de Assacu, por exemplo, utilizada por tribos indígenas da Amazônia no combate a inflamações em geral, úlceras e até tumores, você necessitará de autorização do CGEN (Conselho de Gestão do Patrimônio Genético). Agora, se for uma planta desconhecida popularmente, nomeada apenas no meio científico, poderá recorrer a autorização do Ibama.
Ocorre que as permissões do Ibama são praticamente automáticas, enquanto que as do CGEN demoram, em média, 11 meses. Além disso, o órgão aprovou apenas 25 pedidos de pesquisa desde 2002, quando foi criado. As dificuldades da bioprospecção no Brasil foram abordadas pela pesquisadora do Inpa (Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia), Cecília Nunez, durante o 13º Fórum de Debates Brasilianas.org, realizado no dia 12 de setembro, em São Paulo.
A aprovação de pesquisas pelo CGEN se torna burocrática porque a Medida Provisória (MP) nº 2.186-16/2001, que deu base a sua criação, exige a informação da origem do material genético e, quando for o caso, do conhecimento tradicional guardado por comunidades locais, associado à pesquisa, bem como um contrato de repartição de benefícios com as comunidades que utilizam a planta ou espécie de interesse de estudo.
“A legislação é muito pesada e, em vez de incentivar a pesquisa, só impede que o cientista brasileiro estude as plantas nacionais”, reclama Cecília, ao lembrar que o bioma amazônico é compartilhado por oito países além do Brasil, com a maior parte da floresta (60%). “Assim, você tem vários países que possuem a floresta e permitem a bioprospeção”, completou.
Bioprospecção significa extrair o valor econômico das diferentes espécies de animais e plantas que existem, ou seja, da biodiversidade. Cecília contou que já foi procurada por grupos de pesquisa estrangeiros que lhe pediram apenas informações de quais espécies de plantas tinham os princípios ativos que lhes interessavam para poderem prospectar na Guiana Francesa, território com bioma Amazônico, pertencente à França, mas sem as mesmas burocracias do Brasil.
A pesquisadora foi procurada por duas tribos indígenas, Arara e Xipaia, da região da Volta Grande do Xingu, para que catalogasse e estudasse os princípios ativos das plantas que essas comunidades utilizavam no seu dia a dia. Durante três anos Cecília esperou pela permissão do CGEN. Mas, mesmo com a autorização dos indígenas, o órgão não lhe concedeu o direito de pesquisar, porque as tribos não tinham o registro de suas terras.
“Até um dos líderes de lá, que era analfabeto, aprendeu a escrever o próprio nome para assinar os termos do CGEN. Para ter ideia, entre milhões de documentos, o CGEN me pediu a ata de nomeação do líder da tribo, sabendo que se trata de uma cultura de tradição oral. E ata de nomeação é coisa da cultura ocidental!”.
A pesquisadora disse que as duas comunidades a procuraram porque haviam assistido num programa de televisão que se tivessem o registro das plantas locais conseguiriam, talvez, obter o registro das terras e a homologação do território como Terra Indígena. Ocorre que as tribos estão num espaço que será alagado após a construção da usina de Belo Monte. No final das contas, Cecília conseguiu autorização para fazer apenas uma cartilha explicativa das espécies vegetais, mas impedida de fazer um estudo mais aprofundado para saber a constituição química delas.
Segundo a Cecília, 99% dos trabalhos de bioprospecção com plantas não chegam à substância ativa, “isso porque durante o fracionamento das substâncias químicas do vegetal, você acaba perdendo a atividade desejada”, explicou. Por essa razão, os vegetais utilizados pelas comunidades são mais interessantes porque a probabilidade de se encontrar princípios ativos de interesse comercial é maior, já que muitas dessas populações utilizam há séculos certos tipos de plantas.
Ainda assim, a legislação brasileira não prejudica tanto as grandes indústrias farmacêuticas, mas sim o pesquisador e os pequenos laboratórios. Voltando ao exemplo da Casca de Assacu, utilizada por tribos indígenas para o combate de inflamações e até mesmo tumores, se uma empresa fizer estudos para descobrir o princípio ativo que possa servir para a cura de cânceres, sem a autorização dos todas as tribos indígenas que a utilizam e do CGEN, será criminalmente responsabilizada. Mas, se pesquisar a planta e patentear um princípio ativo para a diabetes estará amparada pela lei, pois as comunidades não tinham conhecimento de que a mesma planta poderia ser usada para tratar a diabetes.
“Assim, muitas das doenças que mais afligem as populações pobres, como malária, leishmaniose, as chamadas negligenciadas, acabam não sendo estudadas pelas grandes empresas, porque essas querem descobrir medicamentos para doenças que dão retorno nas localidades mais desenvolvidas, como diabetes, mal de Parkinson ou mal de Alzheimer. Por outro lado, pesquisadores interessados em descobrir o princípio ativo das doenças negligenciadas teriam que se submeter às exigências do CGEN”, avaliou Cecília.
A pesquisadora destacou que as substâncias naturais descobertas não são utilizadas, mas servem como modelo para a “semi-sintese” de substâncias para se conseguir aumentar a atividade desejada ou diminuir um possível efeito tóxico, em laboratório. “Então, necessariamente, a empresa quer patentear a substância isolada e não a planta”.
Cecília inscreveu uma patente de um princípio para tratar a leucemia, obviamente ela não nos contou o nome da planta que originou a descoberta, mas garante que o vegetal não é popular. “Alguns alunos meus também trabalham com tetrapenos, substância com características antibacterianas, de plantas que não são populares”, completa.
Segundo o pesquisador do IPEA (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada), Nilo Luiz Saccaro Junior, autor do trabalho “Os Desafios da bioprospecção no Brasil”, os ministérios do Meio Ambiente e da Ciência e Tecnologia, vinculados ao tema, elaboram um Projeto de Lei para substituir a MP nº 2.186-16/2001. Ainda não há previsão para que ela seja submetida à aprovação do Senado e da Câmara dos Deputados, mas as principais mudanças do PL, submetido por seis meses à consulta pública, são:
- Redução da burocracia para o acesso a biodiversidade quando para fins de pesquisa científica. Nesse caso as licenças passariam a ser praticamente automáticas para empresas ou instituições nacionais e junto a qualquer autoridade competente, não necessariamente no CGEN;
- A instituição do Fundo para Repartição de Benefícios de Recursos Genéticos e dos Conhecimentos Tradicionais Associados (FURB), para garantir a divisão coletiva dos benefícios;
- Também estabelece uma contribuição sobre a exploração de direitos intelectuais ou comercialização de produtos com recursos genéticos nacionais, que será direcionada ao FURB e ao Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT).
fonte:http://www.advivo.com.br/blog/luisnassif/burocracia-emperra-bioprospeccao-no-brasil
quinta-feira, 8 de setembro de 2011
Mais R$ 1,5 bi para pesquisar remédios, vacinas e avaliar o SUS
Transformar gordura ruim em boa
segunda-feira, 5 de setembro de 2011
domingo, 4 de setembro de 2011
JoVE - Revista Científica em vídeo
sexta-feira, 2 de setembro de 2011
Periódicos - Setembro
Plásticos em revista, n.571, jun. 2011.
Analytica, ano 9, n.53, jun./jul. 2011.
Food and chemical toxicology, v.49, n.7, jul. 2011.
Food and chemical toxicology, v.49, n.8, aug. 2011.
Revista brasileira de farmacognosia, v.21, n.3, may/jun. 2011.
Proteção, ano XXIV, n.236, ago. 2011.
Journal of separation science, v.34, n.11, jun. 2011.
Cosmetics and toiletries, v.126, n.7, jul. 2011.
Archives of toxicology, v.85, n.7, jul. 2011
Rapid communications in mass spectrometry, v.25, n.13, jul. 2011.
Rapid communications in mass spectrometry, v.25, n.14, jul. 2011.
Journal of agricultural and food chemistry, v.59, n.10, may 2011.
Livros - setembro
quarta-feira, 17 de agosto de 2011
terça-feira, 16 de agosto de 2011
Livros - Agosto III
LESLIE, John F.; SUMMERELL, Brett A. The fusarium laboratory manual. Fotografias: Suzanne Bullock. Ames, Iowa: Blackwell Publishing, 2006. 388 p. il. ISBN 9780813819198. Inclui bibliografia e índice.
ALMEIDA-MURADIAN, Ligia Bicudo de; PENTEADO, Marilene de Vuono Camargo. Vigilância sanitária: tópicos sobre legislação e análise de alimentos. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2011. 203 p. il. (Ciências farmacêuticas). ISBN 9788527713399. Inclui bibliografia.
United States Pharmacopeial Convention. The United States pharmacopeia 34. National formulary 29: 2 supplement. 34. ed. Rockville: U. S. Pharmacopeial, 2011. 5061-5559. ISBN 188978892-0.
SZKLO, Moyses; JAVIER NIETO, F. Epidemiology beyond the basics. 2. ed. Sudbury, Mass: Jones and Bartlett Publishers, 2007. 489 p. il. ISBN 0763729272. Inclui bibliografia e índice.
A dictionary of epidemiology. 5. ed. New York: Oxford University Press, 2008. 289 p. il. ISBN 9780195314502. Inclui bibliografia.
Especialista em cibercultura, o francês Pierre Lévy critica intenção inglesa de controlar redes sociais e fala sobre o futuro dos livros
Clleber Passus / Fronteiras do Pensamento - 14 de Agosto de 2007. Foto Divulgação Atualmente morando no Canadá, onde leciona na Universidade de Ottawa, esse profeta digital está a caminho do Brasil, para participar, no dia 25, às 19h30m, de um debate ao lado de Gilberto Gil, sobre o tema "o poder das palavras na cibercultura", no Oi Futuro Flamengo. A mesa faz parte da programação do projeto Oi Cabeça e tentará responder à difícil questão sobre o espaço que a escrita ocupa na esfera digital.
Em entrevista por telefone ao GLOBO, Lévy falou do uso das redes sociais, do futuro das mídias tradicionais, de como o preconceito contra a internet foi sendo modificado ao longo do tempo e do trabalho para desenvolver a Information Economy Meta Language (IEML), uma nova linguagem para a web à qual ele vem se dedicando nos últimos anos.
Enquanto conversamos, o primeiro-ministro David Cameron sugere que a Inglaterra crie alguma forma de controle das redes sociais, a fim de evitar as manifestações vistas na semana passada. O que o senhor acha da ideia?
PIERRE LÉVY: É uma sugestão bastante absurda. É a grande maioria da população inglesa que usa as redes sociais, e não apenas uma pequena quantidade de criminosos. Além disso, os criminosos usam as estradas, os telefones, qualquer forma de se encontrar ou de se comunicar. Não há nada específico que justifique responsabilizar as redes sociais. Sou contra qualquer tipo de censura na internet, tanto política quanto de opinião. E vale lembrar que a polícia também pode se utilizar das redes sociais para encontrar os criminosos. A mídia social pode ser uma ferramenta de combate ao crime como qualquer outra.
A intenção de Cameron lembra críticas feitas contra a cultura digital há quase 20 anos. Naquela época, em suas palestras, o senhor dizia que o preconceito das pessoas contra a cibercultura se assemelhava ao preconceito contra o rock'n'roll nos anos 1950 e 1960. Alguma coisa mudou?
PIERRE LÉVY: Sim, houve mudanças. Naquele tempo, as pessoas diziam que a internet era uma mídia fria, sem emoções, sem comunicação real. Mas hoje, com a mídia social, as pessoas compartilham músicas, imagens e vídeos. Há muitas emoções circulando nesses espaços de comunicação. O que acontecia antes era que as pessoas não sabiam do que estavam falando. O preconceito, na maioria das vezes, é gerado pela ignorância. Até mesmo com vocês, jornalistas, isso mudou. Eu lembro bem que naquela época os jornalistas tinham todo o tipo de preconceito com a comunicação digital, e hoje todos estão usando essas ferramentas.
Mas alguns grupos de entretenimento e mídia ainda tentam controlar e restringir as possibilidades da internet, sob o temor de perder rentabilidade que tinham com a venda de CDs, DVDs ou publicações impressas. O que o senhor acha que vai resultar desse embate?
PIERRE LÉVY: O problema principal é que, antes da internet, todas essas empresas vendiam informação através de suportes materiais. Só que, já um pouco hoje e certamente no futuro, não haverá suportes físicos para levar a informação. É preciso se adaptar de uma situação em que se distribuíam e vendiam objetos físicos até outra, em que se distribui e se vende informação na rede. É uma transição enorme, e é provável que muitas dessas companhias não sobrevivam à necessidade de sair de uma era em direção à outra. Há milênios, muitos dinossauros morreram numa transição parecida.
Leia mais sobre esse assunto em http://oglobo.globo.com/cultura/mat/2011/08/15/especialista-em-cibercultura-frances-pierre-levy-critica-intencao-inglesa-de-controlar-redes-sociais-fala-sobre-futuro-dos-livros-925136026.asp#ixzz1VCf21Txt
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fonte: http://oglobo.globo.com/cultura/mat/2011/08/15/especialista-em-cibercultura-frances-pierre-levy-critica-intencao-inglesa-de-controlar-redes-sociais-fala-sobre-futuro-dos-livros-925136026.asp
segunda-feira, 15 de agosto de 2011
Opas reconhece Funed como laboratório de referência para as Américas
Laboratório da Funed, responsável pelas análises de medicamentos para o Ministério da Saúde
A Organização Panamericana da Saúde (Opas) certificou a Fundação Ezequiel Dias (Funed) como laboratório referência de análise para o sistema nacional de vigilância sanitária. A certificação é o reconhecimento de que o Brasil está apto e credenciado para atuar na regulamentação e controle de toda a cadeia de produção de medicamentos no país, podendo até mesmo exportar. Além disso, configura um papel determinante nas ações de prevenção e combate à falsificação.
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), reconhecida pela Opas como autoridade reguladora, escolheu o laboratório da Funed para ser auditado e ser a unidade referência na área de vigilância da qualidade dos medicamentos consumidos no Brasil. O reconhecimento como referência para as Américas é o primeiro passo para a conquista da pré-qualificação junto à Organização Mundial da Saúde.
Em março deste ano, a OMS esteve na Fundação Ezequiel Dias para avaliar o nível de adequação dos procedimentos às normas internacionais de qualidade. Foram avaliados o sistema de gestão da qualidade e todo o serviço analítico, realizado pelo laboratório de medicamentos da Fundação.
Atualmente, a Funed faz as análises de medicamentos para o Ministério da Saúde, de acordo com a demanda para monitoramento e também investigação em caso suspeita de contaminação e/ou falsificação. Com o reconhecimento, também poderá expandir o serviço prestado para atender a outras demandas internacionais por meio da Organização das Nações Unidas (ONU).
O processo de certificação e qualificação de laboratórios é feita no mundo todo, mas, até então, no Brasil não havia laboratórios credenciados. " Os nossos laboratórios estão muito bem preparados. Já somos acreditados por importantes órgãos nacionais e essa certificação reafirma nosso compromisso com padrões internacionais de qualidade" , conclui o presidente da Funed, Augusto Monteiro Guimarães.
O anúncio da certificação foi feito, em Brasília (DF), durante a VI Conferência da Rede Parf - Rede Pan-Americana para Harmonização e Regulamentação Farmacêutica. " Comprovamos a confiabilidade dos resultados dos nossos ensaios e a excelência das atividades feitas aqui e ainda contribuímos para o reconhecimento da Anvisa como autoridade sanitária" , comemora o diretor dos laboratórios, Julio César Martins Siqueira.
fonte:http://www.isaude.net/pt-BR/noticia/19150/geral/opas-reconhece-funed-como-laboratorio-de-referencia-para-as-americas
quinta-feira, 11 de agosto de 2011
TED - Bonnie Bassler explica como as bactérias se comunicam
Bonnie Bassler descobriu como as bactérias "falam" entre si, usando uma linguagem química que lhes permite coordenar suas defesas e armar ataques. Este achado tem implicações importantes para a medicina, indústria e para o entendimento de nós mesmos.
sexta-feira, 5 de agosto de 2011
Livros - Agosto II
KATZUNG, Bertram G. Farmacologia básica e clínica. Tradutor: Carlos Henrique Cosendey ... [et al.]. 10. ed. Porto Alegre: AMGH, 2010. 1060 p. il. ISBN 9788563308054. Inclui índice; Título do original: Basic & clinical pharmacology.
CORMACK, David H. Histologia. 2. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2008. 371 p. il. ISBN 9788527707770. Tradução de: Essential histology, 2nd ed; Inclui bibliografia.
FELTROW, Charles W.; AVILA, Juan R. Manual de medicina alternativa: para o profissional. Tradutora: Patricia Josephine Voeux. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2000. 743 p. ISBN 8527705990.
GORDON, Steven R.; GORDON, Judith R. Sistemas de informação: uma abordagem gerencial. Tradutor: Oscar Rudy Kronmeyer Filho. 3. ed. Rio de Janeiro: LTC, 2006. 377 p. il. ISBN 9788521614791.
RANG, H. P. et al. Farmacologia. Tradutor: RaimundoRodrigues Santos. 6. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2007. 829 p. il. ISBN 9788535222432. Inclui índice.
LAUDON, Kenneth; LAUDON, Jane. Sistemas de informação gerenciais. Tradutora: Luciana do Amaral Teixeira. 9. ed. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2010. 428 p. il. ISBN 9788576059233.
quinta-feira, 4 de agosto de 2011
MEC proíbe instituições não educacionais de oferecerem cursos de pós-graduação
- O que essas instituições buscavam sempre era o carimbo do MEC, transformando o credenciamento da instituição em um aval de qualidade do ministério em relação aos cursos que elas ofereciam - disse o secretário de regulação e supervisão da educação superior do MEC, Luís Fernando Massonetto durante entrevista à Agência Brasil.
" O que essas instituições buscavam sempre era o carimbo do MEC (Luís Fernando) "
As organizações continuarão podendo oferecer os seus cursos. No entanto, eles serão considerados cursos livres, e não uma pós-graduação. A matrícula e o diploma de especialização serão assegurados aos alunos matriculados nesses cursos até 31 de julho passado.
Ficam excluídas as chamadas escolas de governo que são criadas e mantidas pelo Poder Público. A saída indicada pelo MEC às instituições não educacionais é transformar o curso lato sensu em mestrado profissional. Essa modalidade da pós-graduação é gerenciada pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) e tem um perfil de formação mais voltado para o mercado de trabalho, não sendo necessário ser uma instituição educacional para oferecê-la. Esses cursos deverão ser submetidos aos processo de avaliação do órgão.
No caso da pós lato sensu, para receber o credenciamento especial do MEC, as instituições não educacionais tinham que atender a algumas exigência como carga horária mínima de 360 horas e pelo menos 50% do corpo docente formado por mestres ou doutores. Para criar um mestrado profissional , as regras são diferenciadas. A resolução da Capes que regula a modalidade fala apenas em " apresentar, de forma equilibrada, corpo docente integrado por doutores, profissionais e técnicos com experiência em pesquisa aplicada ao desenvolvimento e à inovação."
Leia mais sobre esse assunto em http://oglobo.globo.com/educacao/mat/2011/08/04/mec-proibe-instituicoes-nao-educacionais-de-oferecerem-cursos-de-pos-graduacao-925060415.asp#ixzz1U4Gst72g
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Livros - Agosto
MOYNIHAN, Humphrey; CREAN, ABINA. Physicochemical basis of pharmaceuticals. New York: Oxford Univ. Press, 2009. 320 p. il.; tab.; graf. ISBN 0199232849.
MONTGOMERY, Douglas C. Introduction to statistical quality control. 6. ed. Hoboken: Wiley, 2009. 734 p. il. ISBN 9780470169926. Inclui índice.
FRIEDBERG, Errol C. et al. DNA repair and mutagenesis. 2. ed. Washington: ASM Press, 2006. 1118 p. ISBN 1555813194. Inclui bibliografia e índice.
GEHLBACH, Stephen H. Interpreting the medical literature. New York: McGraw-Hill, 2006. 293 p. tab.; graf. ISBN 9780071437899.
segunda-feira, 1 de agosto de 2011
Livros - Julho 2011 - V
European Pharmacopoeia. 7. ed. Strasbourg: Council of Europe, 2011. supl. 7.1. xxiii, 3311-3527. ISBN 9789287167026
European Pharmacopoeia. 7. ed. Strasbourg: Council of Europe, 2011. supl. 7.2. xxv, 3529-3774. ISBN 9789287167040.
terça-feira, 26 de julho de 2011
Como as redes sociais predizem epidemias
Após mapear intrincadas redes sociais humanas, Nicholas Christakis e seu colega James Fowler começaram a investigar como essa informação poderia melhorar as nossas vidas. Agora, ele revela seus novos achados : Essas redes podem ser usadas para detectar epidemias mais cedo do que nunca, desde de idéias inovadoras até comportamentos de risco e viroses (como HN1)
China cria grupo para avaliar saúde pública
Assim como a maioria dos países da América Latina, a China acatou recomendações de instituições financeiras internacionais, como o Banco Mundial, e colocou o sistema de saúde na mesma linha das reformas econômicas. “O resultado foi uma tragédia, houve empobrecimento das famílias, falta de cobertura, tendo as pessoas que pagar para o acesso à saúde” explicou o ex-ministro à reportagem do Brasilianas.org.
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Durante os anos 1990, conta, os países da América Latina adotaram as propostas do Consenso de Washington, uma série de regras formuladas no final dos anos 1980 por instituições financeiras, entre elas o Banco Mundial e o FMI. As recomendações diziam que o mercado é que deveria ajudar na resolução de questões próprias da saúde, e, na realidade, “sabemos que quando se toma essa decisão, restringe-se acesso, institui-se cobrança como um argumento de regular a demanda”, explica o ex-ministro. O Brasil seguiu outro caminho e optou pela construção de um sistema universal.
Segundo Temporão, que esteve à frente do ministério entre 2007 e 2010, o Brasil se destaca no contexto dos países emergentes como o país que possui a maior cobertura, possibilitando maior acesso da população aos serviços e tecnologias em saúde. “Fui escolhido principalmente por conta da experiência brasileira com a atenção primária, o programa Saúde da Família, o programa de imunizações e o combate à AIDS”, disse.
Em 2003, o governo chinês iniciou a transformação, afastando o mercado da saúde publica e aproximando mais o Estado do controle da situação. A partir de 2009, introduziram mudanças importantes. A principal foi a criação da comissão técnica da qual faz parte Temporão.
A exigência foi que nenhum pesquisador fosse ligado a nenhum órgão internacional de fomento, nem Banco Mundial ou mesmo da Organização Mundial da Saúde (OMS). “Queriam especialistas independentes, capazes de realizar uma avaliação externa”.
fonte:http://www.advivo.com.br/materia-artigo/china-cria-grupo-para-avaliar-saude-publica
A burocracia que destrói a ciência
A burrice oficial que destrói a ciência
Entraves aduaneiros infernizam a vida de pesquisadores e atrasam projetos
EVANILDO DA SILVEIRA
Arte PB
Na quarta-feira, dia 2 de março, o ministro da Ciência e Tecnologia, Aloizio Mercadante, anunciou algumas medidas para simplificar a importação de material de pesquisa. A principal delas é um selo adesivo, que identificará as caixas com produtos científicos que chegam ao aeroporto de Guarulhos, em São Paulo, para acelerar a liberação pela Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero) e demais órgãos fiscalizadores. Já não era sem tempo. Na opinião da quase totalidade dos pesquisadores que necessitam de insumos e equipamentos do exterior, a burocracia envolvida na compra deles é um dos maiores obstáculos para o desenvolvimento da ciência brasileira e, consequentemente, da economia do país.
Além da montanha de papéis que têm de preencher, os cientistas se deparam com o despreparo dos funcionários da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), da Receita Federal e outros agentes aduaneiros, encarregados de receber e liberar o material. A maioria não conhece as especificidades dos produtos científicos e, na dúvida, não os liberam ou, pior, simplesmente os destroem. Sem falar na falta de espaços adequados nos portos e aeroportos para armazená-los até que passem pelos trâmites burocráticos.
Não é um problema pequeno. De acordo com informações do Ministério da Ciência e Tecnologia, importações de insumos e equipamentos para pesquisas chegam a US$ 600 milhões por ano. Dados do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), por sua vez, revelam que os cientistas fazem cerca de 7 mil operações de compra do exterior por mês. Raros são os que não enfrentam algum tipo de contratempo na alfândega ou não têm de realizar mudanças em suas linhas de trabalho. O biólogo brasileiro Stevens Rehen, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), um dos pioneiros em estudos com células-tronco no Brasil, mostra essa situação em números.
Nos últimos anos, ele vem se dedicando, paralelamente a seu trabalho de laboratório, a avaliar a situação, fazendo levantamentos entre seus pares. Em 2007, Rehen fez um estudo em que ouviu 88 cientistas de 16 instituições de sete estados. As respostas revelaram que todos eles tinham necessidade de importar insumos ou equipamentos e 90% foram obrigados a esperar pelo menos três meses para recebê-los. Em casos extremos (8%), essa demora chegou a até dois anos. No ano passado, ele refez o trabalho, dessa vez entrevistando 165 colegas cientistas de 35 centros e institutos de pesquisa e universidades de 13 estados. Nada menos do que 76% contaram que já haviam perdido algum material na alfândega e 99% tiveram de deixar de fazer um estudo ou adaptá-lo para minimizar problemas decorrentes de percalços aduaneiros.
Com tudo isso, não é difícil encontrar quem tenha uma história para contar. Um deles é o biólogo Marcelo Rodrigues de Carvalho, do Instituto de Biociências da Universidade de São Paulo (IB-USP). Em 2005, ele participou de um encontro de especialistas em peixes marinhos promovido pela Organização das Nações Unidas para a Agricultura e a Alimentação (FAO), em Tenerife, nas ilhas Canárias, pertencentes à Espanha. Na volta ao Brasil, o cientista trouxe dez espécimes de raias coletados naquela região, que serviriam para pesquisas e teses em andamento sobre a taxonomia e sistemática de peixes da costa brasileira, efetuadas em seu laboratório na USP.
Tratava-se de material único, que havia sido emprestado pelas autoridades do Instituto Oceanográfico de Tenerife. Porém, os peixes, que estavam conservados em formol, nunca chegaram à bancada de Carvalho. “Eles foram incinerados no aeroporto do Galeão, porque um fiscal do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento que estava de plantão, autoritário e ignorante, não aceitou as cartas do governo espanhol ou outros documentos que estavam comigo, que demonstravam que o material era inofensivo”, conta o pesquisador, indignado até hoje com o episódio. “Ele não explicou quais eram as irregularidades da documentação nem qual seria a papelada necessária. Simplesmente argumentou que os espécimes poderiam conter alguma bactéria perigosa e incinerou-os. E não deu mais as caras.”
Depois desse incidente, Carvalho firmou a convicção de que a burocracia no Brasil não é apenas uma questão legal, mas também cultural. Em sua opinião, os principais entraves são provenientes da mente burocratizada dos administradores e pesquisadores brasileiros, que apenas reflete a cultura geral do país. Toda a estrutura cartorial da sociedade se projeta na ciência. “Tenho longa experiência nos Estados Unidos, onde de modo geral tudo é mais fácil, porque não se presume que a pessoa está querendo ‘se dar bem’, enganando o sistema”, diz. “Aqui é o contrário. O Brasil ainda é um país onde a ‘autoridade’ reina suprema.” Por isso, ele diz que não adianta mudar a legislação para facilitar a importação de material biológico, se o burocrata responsável por liberar a entrada do produto ainda atuar com a cultura autoritária na qual trabalha há muitos anos.
Histórias de outros pesquisadores dão razão a Carvalho: o problema vem de longe. Que o diga o médico e bioquímico Walter Colli, professor titular aposentado do Instituto de Química da USP. Na década de 1970, ele obteve uma verba do CNPq para a compra de um agitador – um equipamento usado para crescimento de bactérias e protozoários. Era sabido que só havia uma empresa que fabricava bons aparelhos desse tipo, e ela ficava nos Estados Unidos. “Naquele tempo, porém, havia a malfadada reserva de mercado para esse tipo de produto, supostamente para forçar o desenvolvimento nacional”, lembra o pesquisador. “E como tudo no Brasil é isonômico, a reserva de mercado era também aplicada no caso daqueles que precisavam trabalhar na ponta para desenvolver tecnologia. Em outras palavras, ninguém podia importar nada, embora os fabricantes nacionais de agitadores fossem incompetentes.”
Apesar disso, Colli chegou a comprar um equipamento nacional. Ele conta o que aconteceu: “Coloquei as bactérias sobre o instrumento, ligado na velocidade mais baixa possível, e deixei na bancada. No dia seguinte, havia bactérias em todas as paredes e vidros quebrados pelo chão, porque o agitador foi acelerando à medida que o potenciômetro esquentava”. Depois disso, o cientista diz que ficou “matutando” durante um ano sobre o que fazer, até que, lendo o catálogo do equipamento americano, descobriu que ele tinha “um tal de low wattage element”.
Foi a brecha que Colli aproveitou para driblar a situação. “Esse low wattage element não constava do equipamento nacional”, explica. “Segundo a lei, se fosse provado que o aparelho brasileiro não era similar ao estrangeiro, podíamos importar. Bem, aí entrou o jeitinho: argumentei que o tal de low wattage element era simplesmente fundamental. Ainda não sei o que é isso, mas as autoridades permitiram a importação, e o equipamento funciona até hoje no laboratório, após 40 anos.” Apesar disso, todo esse processo atrasou o trabalho dele por dois ou três anos.
Custos altos
As dificuldades para importar não são o único obstáculo que a burocracia coloca no caminho dos pesquisadores brasileiros. Muitos deles também reclamam da Lei das Licitações (nº 8.666, de 21 de junho de 1993) e da aplicação de regras do serviço público à ciência, que tiram a flexibilidade necessária para a tomada de decisões, numa área em que as mudanças e o progresso são rápidos. Há ainda o problema do pagamento de compras feitas dentro do próprio país. Muitas vezes o cientista não tem o dinheiro à mão e precisa comprar tudo por meio de empenhos (ato jurídico pelo qual se cria para o Estado a obrigação de pagamento). “Por causa disso, as empresas fornecedoras colocam os preços na estratosfera, e ficamos reféns dessa situação”, queixa-se Tereza Araújo, professora do Departamento de Oceanografia da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE).
O excessivo rigor da legislação que trata da coleta de material biológico na natureza, como microrganismos, plantas e animais, que poderiam gerar substâncias de interesse farmacológico, é outro obstáculo ao desenvolvimento da ciência brasileira. Com o suposto nobre propósito de combater a biopirataria e proteger a riqueza da biodiversidade do país, o governo editou a medida provisória nº 2.052, de 29 de junho de 2000, que estabeleceu as regras de acesso ao patrimônio genético, ao conhecimento tradicional associado a ele e à repartição dos benefícios resultantes de sua exploração.
Como diz um velho ditado, porém, de boas intenções o inferno está cheio, e essa legislação virou o pesadelo dos que se dedicam à bioprospecção da riqueza natural brasileira. As regras são tão complexas que tornam difícil obter autorização para coletar e estudar recursos genéticos. A exigência de várias licenças e a demora em consegui-las inviabilizam a pesquisa, o que acaba desestimulando o aproveitamento deles. Além disso, muitos cientistas reclamam que são vistos como biopiratas e criticam principalmente o Conselho de Gestão do Patrimônio Genético (CGEN), que avalia e autoriza projetos que exijam coleta de materiais.
Para muitos pesquisadores, quem fez a lei partiu do pressuposto errado de que a riqueza da biodiversidade brasileira é um recurso facilmente disponível, que está à mão, e que basta pegar uma folha de planta ou um microrganismo e sair faturando. A verdade, porém, é que antes de usufruir de benefícios é necessário muito trabalho duro, estudando e testando dezenas ou centenas de substâncias até que se encontre uma aproveitável. Depois, ainda é preciso transformá-la em produto, o que é tarefa para empresas.
O problema é que, por causa da legislação complexa e rigorosa, aquelas que poderiam atuar no desenvolvimento de produtos da biodiversidade e trazer riqueza ao país não querem mais saber disso. “A falta de visão de desenvolvimento estratégico de alguns ministérios é assombrosa e põe o governo na contramão do tempo e do processo da ciência e da tecnologia”, alerta Vanderlan Bolzani, professora do Instituto de Química do campus de Araraquara da Universidade Estadual Paulista (Unesp). “Em comparação, veja a China [que está aproveitando sua riqueza natural]. O Brasil, com sua enorme biodiversidade, tem um déficit tremendo na balança comercial, pois precisa importar plantas daquele país e da Índia para o setor farmacêutico, de higiene pessoal e outros.”
Multa milionária
Esse não é o único motivo de descontentamento de Vanderlan, que também é vice-diretora da Agência Unesp de Inovação. Entre 2005 e 2009, ela realizou estudos para o Programa de Pesquisas em Caracterização, Conservação e Uso Sustentável da Biodiversidade do Estado de São Paulo, conhecido como Projeto Biota Fapesp, financiado pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo. Durante esse período, a cientista não fez nenhuma coleta de plantas, porque não obteve licença para isso. Mesmo assim, a Unesp recebeu quatro multas do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), uma de R$ 5 milhões, outra de R$ 100 mil e mais duas de R$ 75 mil, o que dá um total de R$ 5,25 milhões.
Os motivos alegados pelo órgão para as autuações foram “remeter para o exterior amostra de componente do patrimônio genético sem autorização do órgão competente” e “acessar, sem autorização, componente do patrimônio genético para fins de bioprospecção”. Acontece que, segundo a Unesp informou por meio de uma nota de sua assessoria de imprensa, isso não ocorreu, e todas as exigências legais foram atendidas, o que inclui pedido de licença feito em 2005 ao CGEN para coletar espécies vegetais e fungos. De acordo com a universidade, o que houve foi um mal-entendido. O Ibama achou que os pesquisadores haviam enviado patrimônio genético para o exterior, quando na verdade se tratava de um depósito de patente por meio do Tratado de Cooperação em Matéria de Patentes (PCT, na sigla em inglês). A Unesp entrou com recurso administrativo contra as multas.
Uma das principais consequências desse excesso de burocracia é que a ciência brasileira fica emperrada, mais lenta e, por causa disso, perde competitividade em relação a países onde os entraves são menores. “Não conseguimos publicar artigos científicos na mesma velocidade deles”, explica o engenheiro agrônomo Luciano Andrade Moreira, do Centro de Pesquisas René Rachou (CPqRR), da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) em Minas Gerais. “Nosso trabalho atrasa, pois se precisamos mudar os experimentos e não dispomos dos reagentes à mão temos de esperar.” O embaraço alfandegário também torna os estudos brasileiros mais caros. Segundo o biólogo Carlos Menck, do Instituto de Ciências Biomédicas da Universidade de São Paulo (ICB-USP), os cientistas que trabalham no país chegam a pagar três vezes mais pelos insumos que seus colegas americanos. “Como fazer pesquisa é um processo extremamente competitivo, é como começar um jogo de futebol com uma perna amarrada e perdendo de 3 a 0”, compara.
Mas isso não é tudo. Como se não bastassem os transtornos que têm de enfrentar, os pesquisadores ainda são responsabilizados por eles. Os órgãos públicos que respondem pela fiscalização da entrada de produtos científicos no país, como a Anvisa e a Receita Federal, afirmam que a culpa pelas dificuldades no desembaraço das importações é dos próprios cientistas. De acordo com o governo, eles desconhecem as regras de compras no exterior e não sabem preencher corretamente os formulários para realizar o procedimento. Além disso, também ignoram a legislação sanitária do país.
Segundo Solange Coelho, gerente de Inspeção de Produtos e Autorização de Empresas em Portos, Aeroportos, Fronteiras e Recintos Alfandegados da Anvisa, as reclamações dos cientistas não procedem. “Talvez, por desconhecimento dos trâmites burocráticos do comércio exterior, seja mais fácil responsabilizar a Anvisa, que é o maior órgão anuente e o de maior visibilidade”, diz. “Temos de lembrar que a agência não pode se furtar ao cumprimento de sua missão, que é assegurar a promoção e a proteção da saúde da população.” Ela garante que os produtos importados só são bloqueados nos portos e aeroportos quando não são cumpridas as resoluções RDC 01 de 2008 ou RDC 81 de 2008, que tratam do assunto. “Em 98% dos casos, as liberações ocorrem em até 24 horas”, assegura.
Em teste
Foi diante desse quadro que Mercadante anunciou as novas medidas para agilizar as importações. Por enquanto, o sistema de desburocratização, chamado de CNPq Expresso, funcionará durante um período de teste apenas no Terminal de Cargas da Infraero em Guarulhos (SP), que concentra cerca de 60% das importações destinadas a pesquisa no Brasil. As caixas com material científico importado, identificadas por um selo adesivo, serão encaminhadas para uma baia especial do terminal, para facilitar a inspeção.
Apesar das boas intenções do governo, no entanto, as novas normas foram recebidas pela comunidade científica com um misto de ceticismo e esperança. Escaldados por fracassadas tentativas anteriores de resolver a situação, alguns pesquisadores acham que nada mudará. Outros têm a expectativa de que as medidas, se não solucionarem os problemas, pelo menos os amenizem. Os mais pessimistas lembram que em 2004 o governo criou o programa Importa Fácil, com o mesmo objetivo do novo sistema, mas ele nunca funcionou direito. “A burocracia é tanta que a gente desiste no meio do caminho”, diz o químico João Bosco Pesquero, chefe do Departamento de Biofísica da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). “Isso ocorre também porque não temos ninguém, como secretárias, para nos ajudar na parte administrativa de nossos projetos.”
Carvalho, da USP, é outro dos que veem as novas regras com poucas esperanças. “O Brasil está cheio de medidas”, diz. “Se não mudar a cultura em relação à ciência, nada vai se alterar.” Ele conta que, após a incineração das raias que trouxe da Espanha, o processo para receber produtos semelhantes foi simplificado, mas mesmo assim teve material apreendido em aeroportos e devolvido ou simplesmente jogado fora. Vanderlan, apesar dos aborrecimentos que já enfrentou, é um pouco mais otimista. “Fiquei muito animada com as medidas”, diz. “Estou bastante confiante, pois conheço a competência e o envolvimento de Glaucius Oliva, presidente do CNPq, que tem uma vida de pesquisa e gestão que dispensa comentários.”
Seja como for, mesmo que funcionem, as novas regras anunciadas por Mercadante são insuficientes por si sós para livrar a ciência brasileira do excesso de burocracia. Na visão da comunidade científica, o Brasil precisa de leis que facilitem a vida do pesquisador e não que a atrapalhem. “Temos de valorizar esses profissionais, pois eles são instrumentos importantes para o avanço do país”, diz Pesquero. “Além disso, é necessário investir muito em ciência e tecnologia e diminuir a enorme distância que existe entre as empresas e a universidade.” Se isso for feito, Pesquero acredita que o Brasil estará mais bem posicionado no mundo em termos de desenvolvimento científico e tecnológico, o que deve se refletir diretamente em aumento de divisas, salários e empregos, assim como em melhores condições de vida para a população.
fonte:http://www.advivo.com.br/blog/luisnassif/a-burocracia-que-destroi-a-ciencia#more
O comportamento antiético nos artigos científicos
Tese da USP aponta para possibilidade de comportamento antiético na publicação de artigos científicos brasileiros
25/07/2011 - 16h46
Gilberto Costa
Repórter da Agência Brasil
Brasília – Tese de doutorado da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da Universidade de São Paulo (FEA/USP) alerta para a possibilidade de problemas de conduta ética na publicação de artigos científicos de pesquisadores brasileiros, tais como coautorias forjadas e citações de fontes não consultadas na bibliografia dos trabalhos acadêmicos.
O autor da tese, Jesusmar Ximenes Andrade, cita entre os problemas mais comuns a citação de mais livros e artigos na bibliografia além dos realmente usados, o que aumenta a credibilidade do estudo, e a coautoria, que aparece como favor trocado. Nesse último caso, os falsos parceiros assinam dois artigos em vez de um e, assim, aumentam sua produtividade, quesito que é avaliado pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), no processo de classificação dos programas de pós-graduação. Ligada ao Ministério da Educação, a Capes é uma das agências de fomento à pesquisa científica e acadêmica do governo federal.
A suspeita de ocorrências de conduta antiética na produção de artigos científicos veio a partir da aplicação de 85 questionários, respondidos por participantes do Congresso USP de Controladoria e Contabilidade, realizado em 2009, em São Paulo. Segundo a pesquisa, a maioria das pessoas afirmou não conhecer nenhum caso de má conduta, mas elas acreditam que tais práticas seja comuns.
Andrade estranhou o resultado. “As pessoas conhecem pouco, mas acreditam que ocorrem [problemas antiéticos] mais do que acontecem? Eu presumi que quem estava respondendo sobre as suas crenças também estava respondendo sobre os seus próprios hábitos”, disse o autor da tese, que é professor adjunto da Universidade Federal do Piauí (UFPI). A tese foi defendida em abril, no Departamento de Contabilidade da FEA/USP.
Andrade destaca o fato de os resultados de sua pesquisa dizerem respeito à “má conduta na pesquisa das ciências contábeis”, mas avalia que “não encontraríamos resultados muito diferentes se fôssemos para um censo”, incluindo todos os campos científicos.
Para ele, o Brasil mantém o foco na quantidade, critério que fez o país ocupar o décimo terceiro lugar na produção científica internacional, e não se preocupa com a qualidade. “Por que o Brasil não tem um [Prêmio] Nobel?”, pergunta ao afirmar que “a quantidade que nós estamos buscando é infinitamente desproporcional à qualidade dos estudos que estamos produzindo”.
A busca por quantidade é almejada por todos os pesquisadores, de acordo com Andrade. “Seja para conseguir recursos ou para obter status dentro da academia.” Em sua opinião, “para buscar essa quantidade, esse volume, termina-se utilizando certos artifícios que, segundo foi observado, não são condutas livres de suspeita. São condutas impregnadas de comportamentos antiéticos”.
O autor da tese diz que a Capes dispõe de “métricas” de avaliação mais voltadas à qualidade do trabalho do pesquisador do que à quantidade de artigos gerados. “O sistema de avaliação chamado Qualis pontua os artigos conforme a revista científica de publicação”, lembrou.
A Agência Brasil procurou pela Capes desde a última sexta-feira (22), mas foi informada hoje (25), por e-mail, que o diretor de Avaliação, Livio Amaral, “precisa de uns dias para ler a tese”.
O professor de metodologia do Departamento de Sociologia da Universidade de Brasília (UnB), Marcelo Medeiros, não concorda com o conceito de que a busca por quantidade seja prejudicial. Segundo ele, a pressão da Capes por aumento da produtividade “é mínima”. Em sua opinião, “opor quantidade à qualidade não é correto”. “Nas ciências em geral, os melhores pesquisadores são também professores que têm bom nível de publicações. Publica muito quem pesquisa muito."
http://agenciabrasil.ebc.com.br/noticia/2011-07-25/tese-da-usp-aponta-pa...
fonte:http://www.advivo.com.br/blog/luisnassif/o-comportamento-antietico-nos-artigos-cientificos
quinta-feira, 21 de julho de 2011
Teses - Julho 2011 III
LOPES, Izabela Gimenes. Comparação dos métodos de pirogênio in vivo descritos nas farmacopeias brasileira e europeia: interferência na interpretação dos resultados. Orientador: Cristiane Caldeira da Silva e Octavio Augusto França Presgrave. Rio de Janeiro: [s.n.], 2011. xiii, 46 f., il., tab. Trabalho de Conclusão de Curso(Especialização em Vigilância Sanitária)-Fundação Oswaldo Cruz. Instituto Nacional de Controle de Qualidade em Saúde.
Livros - Julho 2011 - IV
Instituto Nacional de Controle de Qualidade em Saúde (Brasil). Relatório final do ensaio de proficiência em microbiologia de alimentos alimentos: 1ªrodada: pesquisa de salmonella spp. em alimentos. Rio de Janeiro: INCQS, 2011. 20 f., graf., tab.
Instituto Nacional de Controle de Qualidade em Saúde (Brasil). Relatório final do ensaio de proficiência para determinação de agrotóxicos em alimentos: 6ªrodada: matriz manga. Rio de Janeiro: INCQS, 2011. 22 f., graf., tab.
Instituto Nacional de Controle de Qualidade em Saúde (Brasil). Ensaio de proficiência em produtos sujeitos ao Regime de Vigilância Sanitária (EP/INCQS): ensaio de proficiência para determinação de medicamentos veterinários em alimentos: rodada EP MVT 03/10. Rio de Janeiro: INCQS, 2011. 28 f.; tab.
Periódicos - Julho 2011 - IV
Cutaneous and ocular toxicology, v.30, n.2, jun. 2011.
Food additives and contaminants, v.28, n.6, jun. 2011.
quarta-feira, 20 de julho de 2011
Bastidores dos testes de qualidade dos preservativos mostram que é grande a proteção à saúde do consumidor
- A certificação é uma evidência de que o preservativo é seguro. Nos últimos três anos, as falhas que encontramos nas fiscalizações e ensaios são relacionadas à falta de informações na rotulagem, e mesmo estas já foram regularizadas - afirma Marcelo Monteiro, gerente da Divisão de Fiscalização e Verificação da Conformidade do Inmetro.
VÍDEO: Veja como são feitos os testes
Para cada lote de preservativos fabricado ou importado pelo Brasil, são feitos 1.100 testes, segundo Janaína Dallas Fonseca da Silva, tecnologista e responsável técnica do laboratório onde são realizados os ensaios, no Instituto Nacional de Tecnologia (INT). São comercializadas, no país, 4.200 marcas de camisinhas certificadas, não só pelo INT, mas por outros laboratórios acreditados pelo Inmetro.
Os ensaios realizados nos preservativos apresentados nesta terceira reportagem da série sobre os bastidores do Inmetro garantem ao produto uma certificação de saúde.
Leia a íntegra desta reportagem na edição desta quarta-feira o Globo Digital (exclusivo para assinantes).
Leia mais sobre esse assunto em http://oglobo.globo.com/economia/mat/2011/07/19/bastidores-dos-testes-de-qualidade-dos-preservativos-mostram-que-grande-protecao-saude-do-consumidor-924943110.asp#ixzz1Set20JrY
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Periódicos - Julho 2011 - III
Saúde em debate, v.35, n.89, abr./jun. 2011.
Cutaneous and ocular toxicology, v.30, n.1, mar. 2011.
European food research and technology, v.232, n.5, may 2011.
Journal of food science, v.76, n.5, jun./jul. 2011.
Rapid communications in mass spectrometry, v.25, n.12, jun. 2011.
Biotechniques, v.50, n.5, may 2011.
Food technology, v.65, n.6, jun. 2011.
Cosmetics and toiletries, v.126, n.6, jun. 2011.
Journal of separation science, v.34, n.10, may 2011